Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado
A Polícia Federal informou nesta segunda-feira (21) ter concluído o inquérito sobre o senador José Agripino Maia (DEM-RN) e encontrado indícios dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo informações do portal G1, a investigação mira supostas irregularidades na liberação de recursos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinados a construção do estádio de futebol Arena das Dunas, em Natal (RN). Em nota, o congressista argumenta que ele não teria força política para influenciar na liberação. "A acusação que me fazem é de ter exercido influência para que o BNDES efetuasse o pagamento de faturas decorrentes de um autofinanciamento contratado pela própria OAS junto ao banco.
Tenho certeza de que as investigações vão terminar pela conclusão óbvia: que força teria eu, líder de oposição na época, para liberar dinheiro do BNDES, cidadela impenetrável do PT?". De acordo com a PF, foi verificada a participação de José Agripino na solicitação e recebimento de "vantagens indevidas" da construtora OAS em troca do "auxílio político" na liberação dos recursos. "O recebimento das vantagens ilícitas se deu tanto por meio de doações eleitorais oficiais, que foram direcionadas ao diretório, como por meio de repasses em espécie, que transitaram por contas do próprio investigado e também por contas de familiares, entre os anos 2012 a 2014, totalizando a quantia de pelo menos dois milhões de reais", diz a PF. A investigação tem base na análise de mensagens de texto que estavam no celular do ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, e em informações colhidas nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e de Rafael Angulo Lopez, "além do exame de mais de mil páginas de documentos, a inquirição de diversas pessoas, quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico dos investigados". BN
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