por Bruno Luiz
Relator da reforma da Previdência, o deputado federal Arthur Maia (PPS-BA) criticou os colegas que falam em votar a matéria apenas após as eleições do ano que vem. Para ele, é “muito triste” utilizar o argumento eleitoral para postergar a apreciação do texto, que sofre grande resistência por parte da população e amedronta parlamentares favoráveis pela possibilidade de um impacto eleitoral negativo. Ele se disse “impressionado” com este comportamento, que é a demonstração cabal da falta de fidelidade com o eleitor. “Ou seja, ‘agora que tem eleição não dá, mas depois da eleição vamos aprovar’. Eu tenho dificuldade de encarar esse tipo de raciocínio. Defendo a reforma em qualquer momento. Aqueles que não vão votar agora vão votar depois. O deputado não pode pautar seu voto pela proximidade ou distância cronológica das eleições. Tem que ter uma posição objetiva”, defende, em entrevista ao Bahia Notícias. O deputado também compartilhou da mesma avaliação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que é possível submeter o texto da reforma ao plenário da Câmara até outubro. No entanto, ele evitou falar em placar – são necessários 308 votos para aprovar a proposta, e o governo avalia ainda não ter este quantitativo. “Estamos em um momento de recompor a base aliada. Eu acredito que, até lá, este processo esteja concluído”, vislumbra. Em um momento em que o governo federal volta a falar em novos ajustes fiscais para melhorar a situação econômica e busca revisar a meta fiscal, Maia voltou a defender a aprovação da reforma da Previdência. “O que estamos vendo é que toda hora agora se fala em ajuste fiscal. Acontece que os ajustes são medidas paliativas, quando o ajuste se dará por uma ação estrutural, que vem pela reforma”, afirma. BN
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