Foto: Reprodução / Paraná Portal
Descontentes com a indicação do presidente Michel Temer (PMDB) para a Procuradoria-Geral da República (PGR), alguns dos procuradores da Lava Jato ameaçam abandonar seus cargos se a subprocuradora Raquel Dodge for confirmada como nova chefe do Ministério Público Federal (MPF). Raquel ainda precisa passar pela sabatina do Senado, que já demonstra indícios de que irá aprová-la. Segundo informações veiculadas no site da revista Época, esses investigadores veem a indicação dela como uma estratégia do governo para frear a operação. Favorita de Temer ao cargo, Raquel foi a segunda mais votada na lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Sua escolha, portanto, representa uma quebra na tradição, já que os governos anteriores sempre optaram pelo candidato mais votado – neste caso seria o procurador-geral Nicolao Dino. Raquel também é citada como oposicionista ao posicionamento mantido pelo atual chefe da PGR, Rodrigo Janot. De acordo com a publicação, nenhum dos procuradores que se rebelam vê nela coragem e ímpeto suficientes para enfrentar o Palácio do Planalto. Diante dessa ameaça, Janot tenta impedir que os procuradores caiam em uma "arapuca". O procurador-geral argumenta que o governo traçou uma armadilha para rachar a Lava Jato e que, agindo dessa forma, os procuradores poupariam Raquel de um desgaste político de afastá-los. A publicação aponta ainda que na Procuradoria-Geral se atribui a Gilmar Mendes a estratégia de dividir os procuradores com a nomeação de Raquel – Mendes e Janot já trocaram farpas publicamente. BN
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