Sobretaxar cigarros, endurecer a legislação sobre o fumo e criar campanhas de massa a respeito dos malefícios do tabagismo são medidas urgentes para que o mundo consiga reduzir a mortalidade por doenças cardiovasculares em 25% nos próximos 10 anos. O alerta é de um relatório apresentado na Cúpula Mundial de Inovação para a Saúde (Wish, conforme sigla em inglês), encerrada no dia 30, na capital do Catar. Todos os anos, 17,5 milhões de pessoas morrem em decorrência de infartos e derrames, e boa parte desses óbitos é prematura, diz o documento.
Nos últimos 25 anos, a mortalidade por doenças cardiovasculares aumentou 40% globalmente, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as Federações Mundiais do Coração a lançar a ousada meta de reverter esse quadro, reduzindo os óbitos em um quarto até 2025, tendo 1990 como base. Mas o coautor do relatório, Srinath Reddy, presidente da Fundação de Saúde Pública da Índia, diz que, apesar de “progressos significativos” nesse sentido, incluindo iniciativas regionais, como a estratégia brasileira Saúde da Família, o objetivo dificilmente será alcançado, a não ser que se adotem medidas mais agressivas.
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