No México, o crime organizado está até nos menores vilarejos, com exceção de uma cidadezinha no estado de Michoacán. Governada por mulheres locais, a população de Cherán expulsou policiais e políticos. Elas estavam fartas dos assassinatos e sequestros que haviam se tornado rotina. No começo do dia 15 de abril de 2011, o “levantamiento de Cherán”, ou o levante, começou. Na estrada que leva à floresta, as mulheres pararam as picapes e levaram alguns dos madeireiros como reféns. A polícia municipal chegou com o prefeito e homens armados vieram libertar seus amigos reféns. Houve um confronto entre moradores, madeireiros e polícia. De acordo com o G1, o conflito terminou após um jovem atirar um rojão em dois madeireiros, que ficaram feridos. E Cherán - uma pequena cidade de apenas 20 mil habitantes - iniciou sua jornada rumo à autonomia. A polícia e os políticos locais foram expulsos da cidade porque a população desconfiava de que eles estariam conspirando com a rede criminosa. Os partidos políticos foram - e ainda são - banidos sob a acusação de dividir a população. Hoje, cinco anos mais tarde, os pontos de patrulha ainda existem e são defendidos por membros da Ronda Comunitária, uma milícia ou força policial local composta por homens e mulheres.
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