Com os reservatórios de água para geração de energia hidrelétrica baixos, os parques eólicos estão ajudando a região Nordeste do Brasil a evitar um apagão no fornecimento de energia. Desde 2014, a eletricidade produzida a partir dos ventos tem ganhado importância no abastecimento da região, que concentra a maior parte dos equipamentos.
Em dez anos, o Brasil ampliou em 322 vezes a capacidade de produzir energia a partir dos ventos, alcançando 8,7 mil megawatts, o suficiente para atender aproximadamente oito milhões de pessoas. O Nordeste abriga 94% dos equipamentos, sendo que 22% estão distribuídos por 73 parques eólicos baianos.
Exemplo da importância que a energia eólica vem ganhando: no mês de agosto, a região composta pela Bahia e mais oito estados consumiu 9,5 mil megawatts de energia. Destes, 3,6 mil megawatts, correspondentes a quase 38% do total, foram produzidos a partir dos ventos. A hidreletricidade, fonte mais tradicional, respondeu por apenas 2,4 mil megawatts por conta da situação dos reservatórios. No último dia 31, em particular, a participação da eólica ultrapassou os 55% de participação, com 4,7 mil megawatts produzidos.
A presidente da Abeeólica, Elbia Silva Gannoum, destaca o bom desempenho do país na comparação com outros grandes produtores de energia a partir dos ventos. “O Brasil é o décimo colocado no ranking, que tem a China em primeiro lugar, mas vem ampliando significativamente os investimentos”, explica. Em 2015, por exemplo, foi o quarto país que mais investiu no setor. “A energia eólica adquiriu uma importância muito grande para o país em um espaço de tempo bastante curto. Hoje, opera-se em condições que permitem oferecer a energia a um custo muito baixo”, diz.
Elbia ressalta o papel que os ventos têm desempenhado no fornecimento energético para o Nordeste nos anos de 2014 e 2015. “Nos momentos de pico, a energia eólica garantiu o fornecimento da região, chegando a ser a principal fonte energética”, lembra. Isso porque apesar do sistema do país ser integrado existem restrições técnicas para a transferência entre subsistemas. Leia mais AQUI.
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