Após nove anos de crescimento contínuo, o mercado de carros novos freou em 2013 e, desde então, só acumula retrações. Neste ano, pelas projeções do setor, as fábricas devem comercializar no País perto de 2 milhões de veículos, o que significará retroceder ao mercado de dez anos atrás, quando havia nove fábricas a menos do que hoje.
“A capacidade ociosa cresceu muito e, mesmo que ocorra uma recuperação do mercado, vai levar pelo menos uma década para o setor recuperar a plena capacidade”, diz João Morais, economista da Tendências Consultoria, especialista em setor automotivo à Agência Estado. Ele lembra que o ambiente de insegurança afugenta o consumidor de bens de alto valor, como o automóvel. “O que o governo de Michel Temer precisa fazer é gerar um cenário de maior previsibilidade.”
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