“Existe ou não existe um ponto G? Se sim, como fazer para encontrá-lo?”. Este pode ser considerado um dos debates mais controversos sobre a sexualidade feminina.
De acordo com Jane Chalmers, professora da Western Sydney University, em um artigo publicado pelo The Conversation, “o ponto G é uma suposta área altamente erógena da vagina que, quando estimulado, pode levar a uma forte excitação sexual e orgasmo”.
De acordo com ela, esse conceito não foi inventado até os anos 1980, sendo nomeado por um ginecologista alemão chamado Eric Grafenberg, que, em 1940, documentou uma pesquisa que falava sobre uma suposta região sensível dentro da vagina de algumas mulheres.
Contudo, a controvérsia em torno desse assunto acontece porque não há consenso sobre o que é exatamente o ponto G e, enquanto algumas mulheres podem chegar ao orgasmo através da estimulação do “ponto G”, outras acham que é extremamente desconfortável.
Segundo Chalmers, o ponto G encontra-se na parede anterior da vagina, cerca de 5 a 8 centímetros acima de sua abertura. “É mais fácil de localizar se uma mulher estiver deitada de costas e dois dedos (com a palma para cima) são inseridos na vagina”, escreveu. Fazendo o movimento com os dedos (que ela descreve como ‘venha aqui’), o tecido circundante da uretra, chamado de esponja uretral, começará a inchar.
Esta área inchaço é ponto G. De acordo com a especialista, no início, este toque poderá fazer com que a mulher sinta vontade de urinar, “mas depois de alguns segundos pode se transformar em uma sensação de prazer”, afirmou. Contudo, Chalmers explica que ele não se trata de uma “entidade única”, distinta. Isso porque ainda existem muitos debates e investigação a respeito do que se trata e como ele pode produzir o orgasmo. Ela afirma que ele “certamente existe em algumas mulheres. No entanto, nem todas elas vão achar esse tipo de estimulação agradável”.
“Só porque uma mulher não é despertada quando G-área é estimulada, não significa que ela é, de alguma forma, sexualmente disfuncional. A sexualidade e excitação têm ligações fisiológicas e psicológicas claras. Mas, como seres humanos, somos todos feitos anatomicamente e fisiologicamente diferentes”, explicou. “Da mesma forma que o que eu considero ‘azul’ pode não ser exatamente o mesmo ‘azul’ que você percebe, um orgasmo em uma mulher não é o mesmo que um orgasmo em qualquer outra mulher. É uma experiência única”, completou. [ Science Alert ] [ Foto: Reprodução / Eleanor Beth Haswell ]
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