O senador Romário (PSB-RJ) informou nesta quinta-feira (05), que a Advocacia do Senado proferiu parecer pelo arquivamento de denúncias protocoladas pelo técnico da seleção brasileira, Dunga, e pelo coordenador técnico, Gilmar Rinaldi, no Conselho de Ética contra Romário. Eles alegaram terem sofrido "declarações ofensivas à sua honra" quando o senador concedeu entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport e afirmou que havia interesses por trás da convocação de jogadores.
"A CBF tentou cassar o meu mandato", reclamou Romário, em sua conta no Facebook, alegando que a entidade "instruiu" Dunga e Gilmar Rinaldi, seus ex-companheiros de seleção brasileira, a entraram com a representação. Mas a Advocacia do Senado, em seu parecer, apontou, segundo a assessoria de Romário, "que os denunciantes deixaram de observar requisitos formais ao protocolar a denúncia, como anexar o título de eleitor". Além disso, o parecer aponta que a imunidade parlamentar garante aos congressistas a inviolabilidade de opiniões.
"É indispensável que a voz do parlamentar não seja calada pelo receio de ações judiciais ou retaliações de qualquer ordem", aponta o parecer. "O contexto das declarações e a própria existência de continuidade dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito indicam interesse legítimo da sociedade em ter conhecimento de eventuais irregularidades supostamente ocorridas no seio da entidade esportiva", argumentam os advogados do Senado. A decisão foi comemorada por Romário, que aproveitou para cutucar Dunga e Gilmar: "Exerço meu papel e dou o máximo de mim e, mesmo sendo questionado em alguns momentos, consigo bons resultados. Enquanto eles, deixam a seleção amargar a quinta colocação no ranking da Fifa e sexta nas eliminatórias para a Copa de 2018".Ag.Senado
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