O rei da Espanha, Felipe VI, assinou ontem (3) decreto que dissolve o Parlamento do país e convoca novas eleições para o Legislativo. A medida foi necessária porque os principais partidos eleitos em dezembro do ano passado não conseguiram formar um governo de coalizão dentro do prazo, que terminou ontem (2).
Pela primeira vez desde a redemocratização da Espanha, em 1975, os eleitores terão que voltar às urnas para recompor o parlamento, base do sistema parlamentarista. A nova eleição vai ocorrer no dia 26 de junho. É preciso que um partido obtenha maioria absoluta ou que dois ou mais partidos formem uma coalizão que atinja essa maioria. A partir daí, é escolhido o primeiro-ministro, que exerce o Poder Executivo junto com o gabinete de governo.
Há quatro meses a Espanha vive uma situação instável, com um governo apenas provisório, comandado por Mariano Rajoy, do Partido Popular (PP), o mais votado no pleito de dezembro, com 28,72% dos votos. Apesar de ter vencido a votação, o PP não conseguiu atingir a maioria necessária no Parlamento para formar um governo legítimo.
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