No mundo moderno, a maioria das pessoas depende de sistemas de posicionamento global (GPS) para encontrar caminhos no trânsito. Porém, a tecnologia atual funciona na escala de metros. Embora normalmente seja possível identificar qual caminho seguir, o sistema, muitas vezes, não consegue determinar exatamente o local em que o usuário está.
Porém, isso pode estar prestes a mudar, graças a uma nova pesquisa que transforma a precisão do GPS até o nível de um centímetro. A nova tecnologia poderia ser a que faltava para a criação de carros que se movimentem sem motoristas e até mesmo tornar viagens aéreas mais seguras.
“Para cumprir tanto as necessidades de automação quanto as de segurança dos carros sem motoristas, alguns aplicativos precisam saber não apenas em qual a faixa um carro está, como também onde está a faixa da estrada, com a noção contínua de terreno e destino ao longo da viagem”, relatou a pesquisadora Jay Farrell, da Universidade da Califórnia, nos EUA.
Neste momento, os dispositivos GPS calculam a localização e velocidade usando uma rede de satélites espaciais. Ao medir o tempo que leva para receber sinais de quatro ou mais desses satélites, eles são capazes de identificar a sua localização dentro de aproximadamente 10 metros. Um sistema ligeiramente aprimorado surgiu recentemente pela internet, conhecido como GPS diferencial (DGPS), aumentando a precisão para até 1 metro, graças à utilização de estações de referência terrestres. Mas isso ainda não é bom o suficiente para a existência de um carro sem motorista, por exemplo.
Para corrigir isso, Farrell e sua equipe desenvolveram uma nova técnica que complementa os dados de GPS existentes com medições inerciais de um sensor. A fusão dessas medições em si não é nova, mas no passado exigiam-se computadores caros e modernos para combinar as duas fontes de dados, ou seja, eles nunca poderiam ser utilizados em seu carro ou smartphone. Mas agora, os pesquisadores criaram um novo conjunto de algoritmos que reduz os cálculos e o poder de processamento necessário para integrar os dois sistemas em várias ordens de magnitude, tornando a tecnologia muito mais acessível.
Com preços acessíveis, é possível que este GPS possa ser comumente usado em nossos dispositivos pessoais. “Atingir esse nível de precisão com cargas computacionais adequados para aplicações em tempo real em processadores de baixo consumo de energia não só aprimora as capacidades dos sistemas de navegação altamente especializados, como também aqueles usados em carros sem motoristas e agricultura de precisão. Porém, também irá melhorar os serviços de localização acessados através de telefones celulares e outros dispositivos pessoais, sem aumentar seu custo”, explica Farrell.
A nova tecnologia não irá causar interferência ou tornar o aparelho GPS atual obsoleto. Ela apenas dará mais informações ao sistema para que a sua localização seja precisa, causando muita diferença para a navegação. Os resultados foram publicados na IEEE Transactions on Control Systems Technology e poderão ser colocados em prática muito em breve. [ Science Alert ] [ Foto: Reprodução / Charles Wiriawan / Flickr ]
Nenhum comentário:
Postar um comentário