Alain Frachon*Carolyn Kaster/AP
É um documento pequeno, não passando de 28 páginas, mas que em breve poderá desestabilizar uma das relações mais estratégicas do Oriente Médio: a aliança entre a Arábia Saudita e os Estados Unidos. Essas páginas se encontram em algum lugar do subsolo do Congresso, em Washington, no fundo de um cofre. Não se sabe com precisão qual o conteúdo, que poderá vir a público dentro de algumas semanas, deteriorando um pouco mais o clima já tempestuoso entre Riad e Washington.
A relação entre a Casa Branca e os Saoud está em fase de desencanto. O casamento começou em fevereiro de 1945, quando Franklin Roosevelt e o rei Abdel Aziz al-Saoud travaram uma sólida união "de interesses": os Estados Unidos garantiriam a segurança do reino, que por sua vez garantiria seu abastecimento em petróleo. Setenta anos depois, foi tudo por água abaixo.
Graças ao xisto betuminoso, os americanos estão menos dependentes do que nunca do petróleo do golfo. Barack Obama tem dado langorosos sinais ao Irã, a potência regional rival da Arábia Saudita, e Riad acusa os Estados Unidos de estarem deixando a República Islâmica do Irã estender sua influência sobre o Oriente Médio através de seus aliados árabes, como o regime de Bashar al-Assad em Damasco, o Hezbollah libanês, o governo xiita em Bagdá e as milícias houthis no Iêmen. Leia mais em: http://zip.net/bxtgHc
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