É impossível acreditar que o vice-presidente Michel Temer assumindo a titularidade do cargo de presidente cause frustração em milhões de brasileiros que foram às ruas pedindo a saída de Dilma Rousseff e a mudança das práticas utilizadas pelos petistas e seus aliados, principalmente no que se refere à corrupção e à qualidade de seus ministros, muitos deles às voltas com a Justiça, respondendo a processos exatamente ligados a falcatruas oriundas de desvio de dinheiro público, como as propinas reveladas pela Operação Lava-Jato, que já provocou a prisão de figurões políticos e de empresários de grandes empresas. Não é aceitável que Michel Temer imite a presidente Dilma ao nomear o ex-presidente Lula para o cargo de ministro da Casa Civil para dar-lhe foro privilegiado e escapar do juiz Sérgio Moro, nomeando Romero Jucá, Geddel Vieira e Elizeu Padilha, que são indiciados; por Airton Leitão
Pior de tudo foi Temer anunciar que montaria um ministério composto de notáveis e aparecer na mídia, além dos "fichas-sujas" citados, nomes mais que manjados que sempre estiveram em cargos para os quais não tinham nem têm qualquer gabarito para exercê-los. Outro agravante foi o vice-presidente declarar que reduziria à quase metade o número de ministérios e agora surgir a notícia de que somente cortará três deles. Espera-se que tudo não passe de boatos e que tão logo assuma a Presidência ele mostre ao povo brasileiro, ao mercado e ao mundo que está surgindo um novo Brasil. Se os boatos se confirmarem, a população que tem pelo menos um desempregado na família, salários congelados e inflação identificada claramente nos supermercados voltará às ruas, desta vez para pedir a cabeça do novo presidente. No mais, vamos torcer para que Sérgio Moro e sua equipe continue na caça ao corruptos, pois ele conta com o apoio do povo.
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