Mesmo com o mercado retraído, o preço do aço plano subiu 12% neste mês e novo aumento de 12% foi anunciado para junho. Em menos de seis meses, a matéria-prima acumulará alta de 30%, somando os 5% praticados no fim de dezembro. Nos últimos três anos, o reajuste anual ficou entre 9% e 13%, segundo cálculos de grandes consumidores.
Empresas que têm a matéria-prima como um dos principais itens da produção temem pela piora da situação financeira de suas operações e até mesmo pelo fechamento de fábricas de pequeno porte. "Já estamos com os custos estrangulados e nossos pedidos caíram absurdamente; esses reajustes vão nos penalizar ainda mais, pois não conseguimos repassá-los aos clientes", diz Cláudio Sahad, diretor da Ciamet, que produz buchas e arruelas para a indústria automobilística.
Sahad também é conselheiro do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e diz que as empresas do setor, especialmente as de estamparia - em que o aço representa 100% da matéria-prima - estão fragilizadas. "Muitas podem quebrar ou se tornarem inviáveis." Leia AQUI
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