SÃO PAULO (Reuters) - A força-tarefa da operação Lava Jato trabalha para ampliar as provas de repasses a políticos do PMDB a partir de dados de contas e offshores de operadores de propinas, afirma o jornal o Estado de S.Paulo na edição deste domingo.
Para a Lava Jato, de acordo com a reportagem, o PMDB, a exemplo de PT e PP, empregou uma sistemática para arrecadar propina e lavar dinheiro no exterior. A investida sobre os peemedebistas coincide com provável chegada do vice-presidente Michel Temer ao comando do país.
O texto do Estadão diz que, em conversas reservadas e apurações sigilosas, autoridades ligadas à Lava Jato indicam que a força-tarefa está próxima de revelar dados e transações capazes de produzir impacto direto no chamado núcleo político do esquema sustentado pelos supostos operadores de propina do PMDB na corrupção desbaratada na Petrobras: Fernando Soares, o Fernando Baiano, e João Henriques.
Com isso, ainda conforme a reportagem, estão na mira o presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (RJ), o ex-ministro e senador Edison Lobão (MA) e o senador Valdir Raupp (RO).
A reportagem traz que o PMDB nega envolvimento em ilícitos. "O PMDB sempre arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais em vigência no País. Doações de empresas eram permitidas e perfeitamente de acordo com as normas da Justiça Eleitoral nas eleições citadas", afirmou o presidente do partido, senador Roméro Jucá, em nota via assessoria de imprensa.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, nega relação com o esquema e recebimento de propina.
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