O ministro do Planejamento, Romero Jucá, anunciou nesta sexta-feira (13) que toda a equipe ministerial tem como meta o corte de 4 mil cargos comissionados e funções gratificadas até o dia 31 de dezembro. Ao todo, segundo Jucá, o governo contrata pessoas para cargos de confiança em 51 modalidades. “O governo anterior havia anunciado e não havia cumprido”, destacou o titular da pasta, que acrescentou de que a medida será realizada “no sentido de dar um exemplo. “Não vai resolver [o problema com gastos com a máquina estatal], mas em tese é um posicionamento o governo deve tomar como exemplo à sociedade”, afirmou, durante entrevista coletiva concedida no final da manhã desta sexta. O ministro apontou ainda que o projeto de lei que revisa a meta fiscal, que já chegou ao Congresso, deve ser alvo de debates, porque propõe a substituição de um superávit por déficit de R$ 96 bilhões – a diferença, porém, seria superior, por não considerar pontos como a queda de arrecadação e renegociação da dívida dos estados. “O orçamento tinha mais de R$ 100 bilhões em receitas superestimadas”, informou. Ainda de acordo com Jucá, há também R$ 230 bilhões em restos a pagar que não contabilizados no orçamento do ano. “Tem emendas parlamentares do Ministério da Saúde de 2015 que não foram pagas e são impositivas, era necessário que o governo tivesse cumprido no ano anterior”, pontuou. Após questionamento sobre a existência de uma base no Congresso para aprovar as medidas necessárias, o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, ressaltou que o governo interino só existiu após a aprovação da abertura de processo do impeachment, que requeria o apoio de dois terços da Câmara dos Deputados e 50% mais um no Senado, angariando porém cerca de dois terços. “O que em tese torna sem óbice a aprovação”, declarou. BN
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