A linhagem africana não causou má-formações em células nervosas no laboratório. Os cientistas também confirmaram alterações do zika brasileiro em animais
RAFAEL CISCATI
Estudo publicado no New England Journal of Medicine constata relação entre zika e microcefalia (Foto: AP Photo/Felipe Dana, File)
Um trabalho realizado por três brasileiros fortalece a hipótese de que o vírus zika que circula no Brasil sofreu mutações que o deixaram mais perigoso antes de chegar ao país. A pesquisa, publicada nesta quarta-feira (11) na revista científica Nature, sugere que a linhagem do vírus que circulava apenas na África parecia não causar microcefalia e outros problemas congênitos. Em outro braço do estudo, os professores Allyson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, Patrícia Beltrão e Jean Pierre Peron, da Universidade de São Paulo, mostraram que o zika que circula no Brasil também é capaz de atacar fetos de animais, como ratos. A comprovação fortalece a confirmação, anunciada em abril, de que o vírus zika é, sim, o causador das más formações observadas em bebês cujas mães tiveram zika durante a gravidez. Mais em http://epoca.globo.com
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