Belo Horizonte - Em evento com blogueiros em Belo Horizonte, a presidente afastada Dilma Rousseff voltou a criticar o presidente suspenso da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para ela, o peemedebista continua articulando influenciando a gestão de Michel Temer.
"O governo na verdade tem um grande personagem que atua às claras, que indica ministros, indica o líder do Governo, todos os advogados que ficam nas principais posições, que é o presidente suspenso da Câmara", afirmou. "Não cometi crimes de corrupção, não tenho contas no exterior e não tenho tolerância com práticas irregulares com o dinheiro público", disse.
Outro alvo de ataques, sem ter seu nome citado diretamente, foi o ministro das Relações Exteriores, José Serra, que anunciou nesta semana uma guinada na política externa. Segundo a petista, a política externa que deu valor à América Latina, que tornou o Brasil respeitado, será deixada de lado.
"Querem reduzi-la aos acordos comerciais bilaterais. É diminuir o Brasil ao ponto de não reconhecer que é a quinta economia do mundo", disse. "Todos os países passaram por dificuldades e nem por isso reduziram a política externa ao mero aspecto do mercado."
Em mais uma da série de críticas que lançou ao governo Temer, Dilma disse que o governo é provisório, porque é ilegítimo e não é produto de eleição direta. "Como explicar a quantidade de investigados dentro do governo?", questionou.
Sobre o processo de impeachment, voltou a dizer que a edição de decretos de crédito suplementar não é crime. "É 'forçação' para achar como me condenar."
"Vou lutar no Senado, no Judiciário, não vou ficar presa dentro do Alvorada", disse. "Uma vez, no passado, me chamaram de faxineira. Eu vou mudar de profissão, vou ser zeladora, vou zelar pelas conquistas e pelos direitos, vou zelar pela democracia".
Nenhum comentário:
Postar um comentário