A taxa de desemprego entre a população que está entrando no mercado de trabalho, de 18 a 24 anos, foi de 24,1% no primeiro trimestre de 2016. É mais que o dobro da taxa geral de desemprego para o período, divulgada no final do mês passado, que foi de 10,9%.
Houve alta em relação ao trimestre anterior (19,4%) e ao primeiro trimestre de 2015 (17,6%).
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (19) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Foram pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. A pesquisa usa dados de trimestres móveis, ou seja, de três meses até a pesquisa.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
Veja a taxa de desemprego em todas as faixas de idade:
De 14 a 17 anos: 37,9%
De 18 a 24 anos: 24,1%
De 25 a 39 anos: 9,9%
De 40 a 59 anos: 5,9%
De 60 anos ou mais: 3,3%
Desemprego subiu em todas as regiões
A taxa de desemprego subiu em todas as regiões do país.
A taxa mais alta foi registrada na região Nordeste, onde passou de 9,6% no primeiro trimestre do ano passado para 12,8% no deste ano. Em seguida, vem a região Sudeste (de 8% para 11,4%), a Norte (de 8,7% para 10,5%), a Centro-Oeste (de 7,3% para 9,7%) e a Sul (de 5,1% para 7,3%).
Entre os Estados, as maiores taxas estão na Bahia (15,5%), no Rio Grande do Sul (14,3%) e no Amapá (14,3%).
Proporcionalmente, há menos desempregados em Santa Catarina (6%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Rondônia (7,5%).
Maioria dos desempregados é mulher
As mulheres representam 50,8% dos desempregados no país no primeiro trimestre, o que significa que há 5,64 milhões de desempregadas. Os homens são 49,2% (5,45 milhões).
A única região onde há mais homens (51,1%) que mulheres (48,9%) desempregados, proporcionalmente, é a Nordeste. Já a região com maior percentual de mulheres entre os desempregados é a Sul --elas são 54,5% e eles, 45,6%.
Entre as brasileiras, a taxa de desemprego é de 12,7%, contra 9,5% entre os brasileiros.
Três pesquisas sobre emprego
O IBGE fazia outras duas pesquisas com dados de desemprego, mas vai manter apenas a Pnad Contínua mensal, que é nacional.
A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) media a taxa mês a mês, com base em seis regiões metropolitanas: Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. A última divulgação da PME foi em março e indicou que o desemprego atingiu 8,2% em fevereiro.
A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) foi divulgada até fevereiro e, depois, encerrada. Segundo ela, o número de trabalhadores na indústria em 2015 caiu 6,2%, quarto ano seguido de queda e o maior tombo desde 2002, quando a pesquisa começou a ser feita. http://180graus.com
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