Pessoas dormindo em colchões sustentados por galhos de árvores, em barracas de lona armadas com pedaços de madeira, sem banheiros. A única fonte de água era um córrego. A situação precária de um grupo de 20 trabalhadores, em condições análogas à escravidão, foi encontrada em uma fazenda de Guaraniaçu, no sudoeste do Paraná. O flagrante ocorreu na quinta-feira (12) em uma operação conjunta de fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego com procuradores do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Trabalho, além de Defensoria Pública e Polícia Federal. O grupo trabalhava na roçada e limpeza de pasto da Fazenda Planalto. Entre os 20 trabalhadores, havia um menor de idade. Nenhum tinha registro em carteira de trabalho. Eles foram levados para um hotel da região. O proprietário da fazenda, Nelson Luis Slaviero, e o responsável por agenciar a mão de obra, João Julio Borges Machado, foram presos em flagrante. Eles devem responder pelos crimes de redução de pessoa à condição análoga à de escravo e omissão de anotação de vínculo empregatício em carteira de trabalho.
ALOJAMENTO
O que servia de alojamento improvisado foi um dos pontos que mais chamou a atenção dos procuradores e fiscais. Uma lona preta amarrada a pedaços de madeira servia de abrigo. As camas eram de colchonetes sujos e rasgados em cima de galhos de árvores. Não havia nenhuma proteção contra o frio. CONTINUE LENDO »
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