Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Pessoas próximas ao presidente interino Michel Temer (PMDB) estão preocupadas com a "sombra" de Eduardo Cunha (PMDB) no governo. Mesmo afastado da presidência da Câmara e do mandato, Cunha teria agido nos bastidores para forçar a indicação de pessoas de sua confiança e despertou críticas tanto de aliados do presidente quanto de senadores do próprio partido. De acordo com a Folha de S. Paulo, o Palácio do Planalto tem se esforçado para minimizar a indicação de pessoas próximas ao deputado. Logo após ser afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha teria visitado Temer e deixado claro que não pretendia recolher as armas. Entre as articulações, ele tem demonstrado sua influência sobre o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA). "Mesmo afastado, Cunha continua usando seu poder para comandar a Casa por meio do presidente interino", avaliou o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). Nesta semana, porém, deu a maior demonstração de que ainda consegue articular os membros da Câmara: conseguiu incentivar o grupo de deputados chamado "centrão" a reunir 300 assinaturas para impor a escolha de André Moura (PSC-CE) como líder do governo na Casa. Temer não ficou satisfeito com a escolha, já que além de investigado na Lava Jato Moura também é acusado de tentativa de homicídio, mas teve que ceder. Agora, senadores e aliados temem que o presidente se torne "refém" de Cunha, enquanto o governo tenta convencer os insatisfeitos de que a tendência é que Moura se afaste do deputado nas próximas semanas. bn
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