por Samuel Celestino*Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
O endividamento da Bahia, envolvendo também a inflação, está na ordem de 48,83%, mas o maior da região Nordeste fica com o Ceará. Este endividamento causa impacto na meta fiscal. O pior para a Bahia não está aí, porque a maioria ou a quase totalidade dos Estados, está no buraco. O grande problema e, neste caso, é que a Bahia lidera, com vantagens no país, o índice do desemprego, com nada menos de 15,5%, principalmente em Salvador. Enquanto as demais unidades federativas oscilam entre pouco mais de 9% chegando a um percentual maior do que 12%, os baianos estão distantes, porque o Estado de há muito foi ficando para trás e não se industrializou. Foi-se o tempo em que por estas bandas se jactava de que a Bahia era o quarto Estado da federação. A falta de emprego leva à violência e à criminalidade indiscriminada, como por aqui se observa e, neste caso, estamos muito à frente da maior parte das unidades. Em outras palavras, foi-se á época em que a Bahia era conhecida como “a Boa Terra”. Poucos a chamam assim, a não ser os nostálgicos. Aliás, os governadores do Nordeste se reuniram ontem (quinta-feira) em Maceió para pedir à união o alongamento das dívidas estaduais, com carência de 12 meses, e quatro anos para as dívidas financiadas pelo BNDES. É possível que a reunião tenha chegado atrasada ao se descobrir que o buraco deixado pelo governo Dilma foi muito maior do que se presumia. De 96 bilhões de reais já se aproxima, se não já chegou, a 200 bilhões de reais. No que pese o fato de que o governo de Michel Temer ainda está atônito e sem rota, a situação dos Estados nordestinos é, fora de dúvidas, recheada de grandes preocupações. A tendência é piorar. Pelo menos em curto prazo, até que o governo federal encontre o caminho nos corte dos gastos públicos que terá que fazer. Enfim, enfim, a Bahia do desemprego anda para trás com a Sucupira da lenda brasileira. bn
Nenhum comentário:
Postar um comentário