Chico Buarque de Hollanda, compositor que é quase unanimidade nacional a favor quando canta, perde popularidade quando faz seu discurso político com exacerbada simpatia pelo PT, por Lula, Dilma Rousseff e assemelhados. Tanto que acaba em entreveros de rua com a turma mal educada da banda que não suporta mais o petismo. Chico entra na contramaré da história.
É respeitável e ao mesmo tempo incompreensível sua posição. Respeitável porque é corajosa e não se submete ao domínio da maioria. Incompreensível porque Chico Buarque, homem inteligente, talentoso, nosso compositor popular de maior sucesso, amarra-se numa atitude de defesa do indefensável. O PT e todos os seus agregados são responsáveis diretos pelo desastre econômico, pela crise política, pela miséria social que se avizinha e, não menos, pelo maior escândalo de corrupção que já se viu no planeta. Não enxergar tudo isso em nome de antigos ideais é das coisas mais burras que alguém possa cometer.
Pois bem, Chico Buarque, compositor, cantor, letrista, escritor e coisas tais, comete essa burrice. Que fazer? Nem por isso deixaremos de ouvir e gostar das composições do Chico Buarque, pois não vamos desgostar de sua música em nome de convicções políticas. Fico com a música do Chico. Não ouço o discurso político do Chico. De resto, há mais nesse imbróglio do que sonha a vã filosofia de nossos artistas populares. O pais ficou feio.
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