Em 1999, FHC resolveu adotar, em seu segundo mandato, um modelo de gestão econômica que vinha dando certo em mais de 20 países, os quais mantiveram a estabilidade dos fundamentos da economia. Todos na área do dinheiro, mediante interligação e sustentação, para que a esfera produtiva funcionasse bem. Primeira base do tripé, cabendo ao Banco Central (BC) executar o sistema de metas da inflação, definido pelo Conselho Monetário Nacional. Segunda base, nas mãos também do BC, de executar a política do câmbio flexível, comprando e vendendo dólares, para evitar grandes variações do dólar. Terceira base, exclusivamente, pelo Ministério da Fazenda, obter superávit fiscal. Ao Ministério do Planejamento coube o acompanhamento das referidas ações, tão diferente daquele período (1949-1979), em que havia o planejamento de longo prazo. Isto é, definindo metas. Quatro anos de FHC, mais oito de Lula e três de Dilma (1999-2013), quinze anos nos quais existiu em cada ano superávit primário, o que, teoricamente, proporcionou capacidade de pagamento de parte dos encargos da dívida pública e rolagem de principal. Em 2014, houve déficit primário, depois de 18 anos (havia três anos anteriores de superávit de FHC, 1996-1998, que constavam da estabilização do Plano Real). O déficit nominal, que teria de ser feito para pagar todos os juros e principal em 2014, passou então a ser altíssimo, de 9% do PIB. Ademais, as contas nacionais de 2014 foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Portanto, perdida a primeira base, o superávit frustrado do ano passado, tornando-se déficit, enquanto também a segunda base foi bastante corroída, o sistema de metas da inflação, prevista em 4,5% e estando hoje acima de 9,5%, tornaram-se ambos em forte dor de cabeça. Por seu turno, a terceira base foi mantida a duras penas, o câmbio flutuante, mediante forte desvalorização do real e operações de swap do BC, de grande prejuízo. Vive-se a novela do abandono do tripé. Leia tudo em http://prabrito.blogspot.com.br/2015/10/22-10-2015-novela-do-tripe-abandonado.html
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