Uma pesquisa realizada na Alemanha revelou que ter um filho não é traz tanta felicidade quanto se pensa. Segundo o estudo, após a animação inicial, a maioria dos pais de primeira viagem apresenta uma queda na satisfação com a vida, o pode levá-los a serem menos propensos a ter um segundo filho. É sabido que a falta de sono, preocupações financeiras e menos tempo para a relação com o parceiro podem interferir negativamente na vida dos novos pais. Entretanto, agora, pesquisadores do Instituto Max Planck de Pesquisas Demográficas em Rostock, na Alemanha, dizem ter conseguido quantificar o efeito. Ao analisar as respostas de mães e pais para uma pesquisa nacional, o Estudo Socioeconômico Alemão, em que 20 mil pessoas avaliam a sua satisfação global com a vida em uma escala de um a 10 todo ano, eles descobriram que, após um aumento inicial na felicidade apresentado instantaneamente antes e após o nascimento do primogênito, indivíduos experimentaram um declínio na felicidade autorreportada equivalente a, em média, 1,4 unidades na escala. Mikko Myrskylä, um dos responsáveis pelo estudo, afirmou que o declínio foi maior do que o observado em outros estudos em pessoas que sofriam de desemprego, divórcio ou mesmo um luto. Entretanto, isto pode ser parcialmente explicado pelo fato de que, na paternidade precoce, pessoas relataram altos níveis de felicidade, assim o declínio é mais nítido. “Há grandes expectativas, a felicidade aumenta e pode ficar até imediatamente após o nascimento. Mas, para um grande número de pais, há uma queda dramática na felicidade”, disse ele. “A maioria experimentam algum declínio na felicidade”, complementou. Entre os pais cuja felicidade declinou em três unidades, 58 de 100 tiveram um segundo filho dentro de 10 anos. Entre os que não relataram queda na felicidade, 66 de 100 tiveram um segundo filho nesse intervalo.
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