Uma Ong de universitários produz óculos para quem não pode pagar e contrata ex-presidiários para ajudar na produção.
ONG Renovatio criou o projeto VerBem, que produz e doa óculos de baixo custo para quem não pode pagar por eles.
Mais de mil pessoas já foram beneficiadas com o projeto.
O trabalho é feito em parceria com uma ONG alemã, a OneDollarGlasses, e usa uma tecnologia que permite a fabricação de óculos gastando apenas US$ 1,20 - o equivalente a R$ 3,74.
O acessório é formado por aço, plástico hipoalérgico, e lentes de policarbonato.
No Brasil, o custo de produção dos óculos, no entanto, sai por R$ 25 porque, além do custo do material e o valor de impostos para importá-lo, a ONG também contrata pessoas em vulnerabilidade social para trabalhar no projeto, como moradores de rua e ex-presidiários.
Atualmente, quatro beneficiados integram a ONG.
Em Junho, na Campanha de Catarata, o grupo fez uma campanha e doou 493 óculos para pessoas das comunidades de Mata de São João, Bahia.
"Cada óculos doado muda completamente o mundo: o mundo para aquela pessoa, que agora consegue ver o mundo como ele de fato é e, assim, vê também um futuro melhor a sua frente", diz a página da Renovatio no Facebook.
Requisitos
Para fazer parte do projeto Ver Bem e ser beneficiado com a bolsa que varia de R$ 800 a R$ 1.400, é preciso obrigatoriamente estudar e fazer as atividades culturais propostas pelos membros da Renovatio, desenvolvidas por um professor de história.
Cerca de 50% do valor da bolsa depende do desempenho nos estudos, atividades culturais e da meta de produção de óculos de cada um.
"O principal objetivo é que essas pessoas estudem, trabalhem as habilidades linguísticas, o pensamento crítico e a erudição para que, assim, consigam escolher um caminho para seguir na vida", explica Fábio Rodas Blanco, 22, presidente e cofundador da Renovatio.
Distribuição
Pessoas com diagnóstico de miopia, hipermetropia, presbiopia podem receber os óculos.
Para a distribuição em São Paulo, a Renovatio mantém uma parceria com a Escola Paulista de Medicina, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), com o Instituto da Visão e agora também com a Faculdade de Medicina do ABC, que divulgam o trabalho e indicam o posto de distribuição e fabricação, que fica no Instituto da Visão, os pacientes.
A parceira com os órgãos públicos acontece por meio do oftalmologista, presidente do Instituto da Visão e professor da Unifesp, Rubens Belfort, que atestou a qualidade do material.
Para levantar o capital inicial, os alunos realizaram um crowdfunding (financiamento coletivo on-line) por quatro meses e conseguiram levantar R$ 45 mil. A proposta era que, a cada R$ 25 doados, um par de óculos seria entregue a quem não pudesse comprar. Com informações da Folha e BrasilPost
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