Funcionários bolivianos foram obrigados a ter certificado de língua indígena, mas o presidente e o vice, Alvaro García Linera, não apresentaram os seus
Evo Morales distribui diplomas de idiomas na Bolívia(La Radio del Sur/Twitter)
Ao todo, 3.100 funcionários públicos da Bolívia receberam do presidente Evo Morales os certificados que atestam que eles falam alguma língua nativa, em cumprimento da lei que obriga os servidores do governo a usar a partir deste domingo pelo menos dois idiomas reconhecidos como oficiais no país.
A medida está em linha com uma criação de Evo Morales, a do Estado Plurinacional da Bolívia, o qual seria conformado por um mosaico de culturas locais. Contudo, o próprio Evo Morales é criticado por não falar aimara. Embora tenha traços índígenas, Morales não cresceu sob essa tradição. Os costumes que pratica, como a cerimônia de posse em ruínas perto da capital, em Tihuanaco, são na maior parte inventados.
Na entrega de certificados que aconteceu em La Paz, Morales falou duas frases em aimara, ao início e no final de seu discurso, feito em espanhol. "Agora, a Bolívia tem identidade no mundo todo. Agora, temos dignidade", disse Morales.
O deputado Ever Moya, que já foi intengrante do partido de Morales, o MAS, e hoje faz oposição, disse: "Estou de acordo que se estimule os bolivianos a falar uma língua nativa. Mas é muito preocupante que as principais autoridades do país não deem o exemplo. Espero que façam isso publicamente".
Ao responder as críticas de que os funcionários mais graduados não falam as línguas locais, apesar de cobrar o mesmo de todos os demais, o vice-ministro da descolonizção Félix Cárdenas, afirmou: "Eu sempre escuto o presidente falar em aimara ou em quechua nos seus atos públicos. Os ministros estão tendo aulas." http://veja.abril.com.br
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