REDAÇÃO ÉPOCA
Um filamento de SLLP1. A proteína ajuda o espermatozoide a penetrar o óvulo (Foto: Heping Zheng, Ph.D., University of Virginia School of Medicine)
Uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade da Virgínia, nos EUA, constatou a presença de proteínas na ponta dos espermatozoides de mamíferos que lembram pequenos arpões. Os estudiosos supõem que esses pequenos filamentos existem para ajudar o espermatozoide a se fixar na parede do óvulo e fecundá-lo. A pesquisa levou 14 anos para ser concluída, e foi publicada no periódico científico Andrology.
O trabalho foi liderado pelo biólogo John Herr, especialista em reprodução da Escola de Medicina da Universidade da Virgínia.Há anos, ele e sua equipe descobriram uma proteína na ponta dos espermatozoides, a SLLP1. Estudá-la era tarefa complicada – era difícil determinar qual o formato da SLLP1 e, sem essa observação, não era possível construir hipóteses quanto a sua função. Para isso, Herr precisou da ajuda de Wladek Minor, pesquisador do departamento de biologia celular da mesma universidade. Minor utilizou uma técnica que cristalizou a SLLP1. Feito isso, o cristal formado foi resfriado a temperaturas criogênicas, de modo a preservar seu formato sem quebrar. Ele então foi bombardeado com raios-x. Observando a refração dos raios-x, os pesquisadores conseguiram calcular qual o formato da proteína.
A SLLP1 tem formato de filamento, forma pequenos arpões. A equipe de Herr acredita que a estrutura, localizada na ponta do espermatozoide, existe para ajudar na penetração do óvulo. A descoberta pode mudar a forma como compreendemos a fecundação nos mamíferos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário