do BOL, em São Paulo**Pedro Ladeira/Folhapress
Presidente Dilma Rousseff durante entrevista exclusiva para a Folha, no palácio do planalto
A presidente Dilma Rousseff decidiu recorrer ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu antecessor, e a Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, para tentar reverter a tendência desfavorável ao governo no julgamento das contas do ano passado pelo TCU (Tribunal de Contas da União). As informações são da Folha de S.Paulo,
O julgamento teve início em junho, época em que o tribunal pediu explicações para irregularidades apontadas no balanço que foi apresentado por Dilma para o último ano de seu primeiro mandato, e deve ser retomado neste mês.
Segundo a Folha, tudo indica que o TCU vai recomendar a rejeição das contas ao Congresso, a quem caberá a palavra final a respeito do tema. Se isso acontecer, o processo de impeachment de Dilma poderá ter caminho aberto.
A decisão de Dilma vem após o recesso parlamentar de julho. A presidente Dilma planeja falar nesta semana com Renan Calheiros e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), com o objetivo de pedir para que os dois atuem em favor do governo. O PMDB indicou três dos nove ministros do TCU: Bruno Dantas, Raimundo Carreiro e Vital do Rêgo.
A ação de Dilma tem o apoio de Lula, que prometeu dialogar com os ministros José Múcio Monteiro (que fez parte do governo do petista) e Ana Arraes, mãe do ex-governador Eduardo Campos, de quem Lula era bastante próximo.
Interlocutores de Lula, no entanto, afirmam que está difícil conquistar o voto de Ana Arraes, e que a conversa com Monteiro ficou comprometida após a Folha revelar que o ex-presidente, inicialmente, incentivou o ministro a usar o julgamento para "dar um susto" em Dilma.
De acordo com a reportagem, o ministro Augusto Nardes, que é o relator das contas de Dilma no TCU, já indicou que votará pela reprovação, e seu voto é dado como perdido. Aroldo Cedraz, presidente do tribunal que tem um filho investigado pela Lava Jato, só vai votar em caso de desempate. (Com informações da Folha de São Paulo)
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