Do BOL, em São Paulo*AFP
Modelo de caça sueco escolhido pelo Brasil
Brasil e da Suécia acertaram a taxa de juros para financiamento da compra dos 36 caças Gripen NG para a FAB (Força Aérea Brasileira). Os suecos aceitaram cobrar juros anuais de 2,19% no financiamento oferecido pela SEK (agência de promoção de exportações do país escandinavo), como o Brasil queria.
Em 2014, a compra foi fechada em US$ 5,4 bilhões (hoje mais de R$ 18 bilhões), mas o valor deve cair porque a moeda utilizada é a coroa sueca, que perdeu valor recentemente. O pagamento do financiamento só começa em oito anos e meio, e deve durar 15 anos.
Os detalhes da negociação ainda têm de ser dados pelo Ministério da Defesa, que deverá divulgar nota; uma compensação poderia ser feita em conjunto pelos dois países, mas inicialmente isso não será preciso.
SEM RISCO
Apesar da crise econômica, a compra dos caças não esteve sob risco. Para o Planalto, o desgaste internacional seria enorme, já que as tratativas para a aquisição e transferência de tecnologia para o Brasil já estão adiantadas.
Os primeiros caças, se o cronograma for mantido, deverão chegar ao Brasil somente em 2019. Havia a expectativa do aluguel temporário de modelos anteriores do Gripen, para adaptação dos pilotos brasileiros e para melhorar a defesa do espaço do Brasil central, hoje nas mãos de antigos caças F-5 modernizados. Mas a crise econômica praticamente enterrou essa possibilidade, levando o foco para a compra dos aviões em si.
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