G1 - A greve dos funcionários do INSS dura três semanas e já paralisa mais de 70% das agências de todo o país. De acordo com o INSS, mais de 4.700 servidores estão faltando ao trabalho. Os servidores querem reajuste de 27% e incorporação de gratificações ao salário. Em Brasília, a greve dos servidores atinge quase metade das agências. O segurança Joaquim Thomas Silva sofreu um acidente de trabalho há sete anos e precisa marcar uma perícia de reabilitação, que só pode ser feita pessoalmente. Ele não sabia da greve: “Aguardar aí a boa vontade dele. Só sobra pra gente, pro pobre”. Em Minas Gerais, a greve atinge 79% das agências. Algumas estão paradas e outras com atendimento parcial. Maria Helena é costureira, mas parou de trabalhar porque machucou o pé. Ela tinha uma perícia médica marcada, mas não fez: “Eu sem trabalhar, sem condições de sustentar minha família e pagar minhas contas. Não acho justo". Na Bahia, o movimento é ainda maior e atinge 92% das agências. A maior parte dos serviços que ficam parados são os pedidos de aposentadoria e pensão. Edna Ferreira, que mora em Feira de Santana, foi dar entrada no pedido dela, mas não conseguiu: “Depois que eu juntei meus documentos todos pra dar entrada na minha aposentadoria, cheguei e não deu nada certo. Se a greve deixar, eu me aposento”. A maioria das pessoas que não foi atendida ou tem horário agendado durante a greve, pode remarcar pelo telefone 135. Porém, em alguns casos como, por exemplo, uma perícia para deficiente físico, o atendimento só pode ser reagendando na própria agência. Nesse caso, o jeito é esperar a greve acabar para marcar a nova data. O INSS garante que vai considerar a data de entrada, quando a pessoa fez o primeiro pedido, a primeira marcação, para que ninguém fique prejudicado. (G1)
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