Jornal do Brasil - A preocupação dos Estados Unidos com a situação na Grécia tem crescido, informa a Agência Lusa nesta terça-feira (7). Os americanos estariam trocando telefonemas frequentemente com os líderes europeus e gregos, devido aos riscos de uma ruptura das negociações e uma eventual aproximação de Atenas com Moscou ou Pequim. O primeiro-ministro da Grécia estaria interessado em se aproximar do Brics - bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
De acordo com a Lusa, o presidente Barack Obama e o seu secretário do Tesouro, Jack Lew, teriam admitido que acompanham a evolução da crise com numerosas ligações para líderes europeus, como a chanceler alemã, Angela Merkel, o chefe de estado francês, François Hollande, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.
Obama falou nesta terça-feira (7) com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e com Merkel, quando os líderes da Zona Euro esperavam uma proposta para um terceiro resgate financeiro da Grécia. Tanto Obama como Lew têm apelado repetidamente a todas as partes, incluindo credores internacionais e o governo grego, para que alcancem um acordo que inclua reformas estruturais, por parte de Atenas, e uma discussão sobre o alívio da dívida grega.
A Grécia é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte, e é decisiva para a estabilidade nos Balcãs, vizinha do Oriente Médio e porta de entrada de imigrantes. Desde a sua chegada ao poder que Tsipras tem marcado distância com os seus parceiros europeus e dado a entender que poderia procurar ajuda financeira em Moscou, para onde se deslocou várias vezes, ou Pequim.
Depois do referendo de domingo, o presidente russo, Vladimir Putin, conversou com Tsipras para discutir “as condições da prestação de ajuda financeira a Atenas pelos credores internacionais, bem como assuntos relativos ao desenvolvimento da cooperação russo-grega”, segundo comunicado distribuído pelo Kremlin.
Nenhum comentário:
Postar um comentário