Uma fabricante de cuecas de Nova Friburgo (RJ) resolveu pegar carona na moda dos livros de colorir, sucesso editorial no mundo inteiro, para lançar cuecas com a mesma temática.
A ideia inusitada é reflexo da crise econômica que pegou em cheio o setor. Agora, empresários se desdobram para ter ideias criativas e aumentar vendas.
Carlos Eduardo Lima, autor da ideia, é fabricante de cuecas há 25 anos, e não sabia mais o que fazer com os prejuízos seguidos.
Gerente comercial da Trave Underwear, confecção carioca de roupas íntimas, Carlos teve nos seis primeiros meses do ano queda de 30% das vendas e demissão de 60 funcionários.
Para aliviar o estresse, comprou livros de colorir. Adaptou a ideia e anunciou o novo plano. “Alguns funcionários caíram na gargalhada”, recorda Lima.
Vendo os lucros despencarem, Carlos Eduardo resolveu apostar mesmo assim. Após três meses de pesquisa, chegou ao tecido de algodão tratado para a tinta não sair após as lavagens.
“O mais difícil era a tinta não borrar em contato com a água”, explica a estilista da empresa, Paloma Loretti. Foram gastos R$ 10 mil reais na busca do material.
As vendas da cueca para colorir começaram hoje. No primeiro lote, Carlos Eduardo fabricou mil unidades. Ele aposta no dia dos pais como trunfo para turbinar as vendas.
“A ideia é o pai ter uma cueca exclusiva, feita pelo próprio filho, ter uma recordação”, explica o empresário.
Além da cueca, Carlos também vende os pincéis.
Na primeira manhã de vendas, as lojas estavam cheias.
Carlos Eduardo não teme a rejeição do público à ideia inusitada. "Com a crise você é obrigado a pensar em coisas diferentes.
Quando todo mundo está vendendo bem, é mais fácil ficar no lugar comum", analisou o fabricante, que agora reza para os clientes colorirem de azul o próximo balanço da empresa. Fonte: Terra
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