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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Polícia investiga transfobia em morte de travesti a tiros em Porto Alegre

Visto no G1
Uma travesti foi assassinada na madrugada desta quinta-feira (4) no bairro Floresta, na Região Central de Porto Alegre. O caso é investigado pelo delegado Filipe Bringhenti, da 2ª Delegacia de Homicídios, que não descarta que o crime tenha sido motivado por transfobia.
"Não foi uma foi tentativa de assalto. Não foi delito com motivação diferente da que a gente conheça. Se foi por preconceito, ainda é muito cedo para afirmar", ponderou.
A vítima foi identificada como Andréia Amado, de 29 anos. Segundo a polícia, o assassinato aconteceu por volta da 1h30 na Rua Câncio Gomes, conhecido ponto de prostituição na capital gaúcha. Outra travesti, que estava próxima ao local do crime, relatou ter discutido com dois jovens, e que um deles o ameaçou de morte. Instantes depois, testemunhas relataram que a vítima foi assassinada.
"As poucas informações que temos dão conta de que dois jovens fizeram uma piadinha para um travesti que estaria em uma esquina. Eles estavam fumando maconha e ofereceram. O travesti não gostou, fez algum comentário que eles não gostaram. Um deles estava armado e disse que poderia ter atirado", contou o delegado.
Ainda segundo o relato das testemunhas, a dupla abordou uma segunda travesti, que acabou sendo assassinada. A polícia tenta descobrir se houve algum diálogo entre a vítima e os assassinos.
"Sabemos que havia outros travestis mais próximos à vítima com quem não conseguimos conversar, pois eles deixaram o local antes da nossa chegada. Vamos tentar identificar esses travestis, ouvi-los na delegacia e tentar entender se foi motivado por preconceito, se houve uma discussão ou eventualmente eles se conheciam", declarou o delegado.
Uma amiga de Andréia, que não quis se identificar, afirmou que ela trabalhava na rua há três anos, e tinha o objetivo de pagar uma cirurgia de troca de sexo. Antes disso, trabalhava como maquiadora. "Era uma pessoa muito tranquila e nunca se envolveu com brigas, por drogas, nada disso", afirmou.

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