Se você é daquelas pessoas que só pensam “naquilo”, saiba que isso, quem diria, faz um bem enorme à memória. Pelo menos é o que garante o psicólogo Ed Cooke, formado pela renomada Universidade de Oxford e detentor do título de Grão-Mestre da Memória.
Segundo o especialista, pensamentos relacionados a sexo evocam emoções e facilitam a lembrança de informações guardadas na mente.
Associar um dado que precisa ser fixado a sexo garante interesse no assunto, além de atribuir a ele relevância, fator essencial para que a memória se consolide. Quanto mais significativas são as experiências ou as ideias, maiores são as chances de elas ficarem gravadas no cérebro, em comparação a tudo que é considerado chato ou sem importância.
— A regra de ouro da boa memória é ter em conta que o que chama sua atenção enquanto você anda na rua também pode chamar sua atenção quando você está em busca de alguma lembrança. Nudez, tabus, pessoas atraentes, coisas que nos deixam intrigados, tudo isso chama nossa atenção, e memórias relacionadas a esses elementos também se sobressaem — disse Ed Cooke, em entrevista ao jornal britânico “Daily Mail”.
É por isso que usar rimas “pervertidas” para decorar fórmulas no colégio, por exemplo, dá resultado.
O título de Grão-Mestre da Memória é concedido pelo Conselho Mundial dos Esportes de Memória. Para recebê-lo, os participantes do concurso precisam memorizar, em uma hora, mil dígitos e a ordem das cartas de dez baralhos misturados. Além disso, é necessário decorar a ordem das cartas de um baralho em menos de dois minutos.
Performance não piora com envelhecimento
De acordo com Cooke, além de sexo, as cores, o movimento, a violência, o humor, coisas absurdas e interesses pessoais também facilitam a evocação de lembranças. Ele defende que a memória das pessoas pode melhorar com o envelhecimento — ao contrário do que a maioria pensa, ou seja, que é natural a mente falhar à medida que a idade avança.
— Há uma tendência geral entre os indivíduos de achar que a capacidade de memória deles está em declínio, mas isso é um exagero. Distrações vêm sendo interpretadas como esquecimentos — avalia. Fonte: Extra
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