Foto: Sanford-Bunham Research Institute
A noticia é tão animadora, que até parece mentira. Mas não é!
Cientistas do Research Institute, nos EUA, criaram novos folículos capliares, com auxílio de células-tronco e fizeram nascer fios de cabelo humano. Isso pode ser um grande passo para criar uma terapia celular inovadora.
Como
Os pesquisadores desenvolveram um método que permitiu "transformar" células estaminais pluripotentes em células da papila dérmica, uma população celular única responsável pela regulação da formação de folículos capilares e do seu ciclo de crescimento.
Repare que não se trata de transplantar folículos como é feito hoje. Eles estão criando novos folículos, como explica Alexey Terskikh, principal autor do estudo publicado na semana passada na revista científica PLOS One.
"Utilizamos células estaminais humanas para criar novas células capazes de iniciar o crescimento de cabelo. Este método constitui-se como um avanço marcante em relação aos atuais, que usam o transplante de folículos capilares já existentes de uma parte da cabeça para outra", explica, em comunicado.
De acordo com Terskikh, as células tronco "fornecem uma fonte ilimitada de células do próprio paciente para transplante sem que haja problemas relacionados com a falta de disponibilidade de folículos capilares já existentes".
As diferenças
Segundo os pesquisadores, as células da papila dérmica não são adequadas para transplante porque não podem ser obtidas nas quantidades necessárias, perdendo, rapidamente, em laboratório a capacidade de induzir o crescimento capilar. O novo método, porém, tem potencial para explorar melhor as suas habilidades.
"Em adultos, as células da papila dérmica perdem rapidamente as suas propriedades. Nós desenvolvemos um protocolo que faz com que as células estaminais pluripotentes se convertam em células da papila dérmica e confirmamos a sua capacidade de induzir o crescimento capilar quando transplantadas em ratinhos", congratula-se o coordenador da investigação.
Em humanos
O próximo passo dos cientistas será "transplantar células da papila dérmica obtidas a partir das células estaminais em voluntários humanos".
A equipe está procurando parceiros para financiar a fase final da pesquisa.
Veja os detalhes do estudo e seus avanços aqui (em inglês). Com informações do Boas Notícias e PlosOne
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