A Agência Nacional do Cinema (Ancine) divulgou nesta quinta-feira (18) que, a partir de 1º de janeiro, os cinemas brasileiros terão número limite de salas para exibir um mesmo filme.
No ano que vem, os megalançamentos não poderão dominar a programação, e serão exibidos em uma quantidade máxima de salas. O número é estipulado de acordo com o total de salas de cada cinema.
Os complexos que possuem de três a seis salas, por exemplo, um mesmo filme pode ser exibido em duas, no máximo. Nos complexos de 12 a 14 salas, o mesmo filme poderá ocupar somente quatro salas.
Outra determinação do acordo assinado por distribuidoras e produtoras é que qualquer complexo que demandar deverá receber uma cópia digital do filme solicitado, garantindo que os lançamentos cheguem a mais pontos de exibição.
O diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, acredita beneficiar o espectador, por garantir a diversidade de títulos e preservar a liberdade de escolha do público.
— Uma das grandes distorções deste mercado e dos megalançamentos é que por vezes, mesmo um filme ocupando cerca de 1.500 telas, como ocorreu este ano, ele não ocupava mais de 500 dos 750 pontos de exibição cinematográfica do país. Isto significa que 250 complexos ficavam ser ter acesso àquele titulo. Estamos falando de cidades do interior, de cinemas próximos de grandes áreas populacionais. Estamos falando de maiores dificuldades para um cidadão ter acesso ao filme que ele quer ver. Portanto a gente acredita que além da diversidade, essa medida pode induzir a uma maior capilaridade da projeção dos filmes.
Ao todo, 23 empresas e 6 distribuidoras assinaram o termo de compromisso, o que representa 82% dos grupos que administram salas de cinema no país. Quem não cumprir a determinação deverá receber da Ancine uma cota de tela adicional para filmes brasileiros. Foto: Reprodução - Fonte: R7
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