Foto: Divulgação
Dilma Rousseff e Graça Foster
A ex-gerente da Petrobras Venina da Fonseca conseguiu emparedar de uma só vez a presidente da Petrobras, Graça Foster, e a presidente Dilma Rousseff (PT) com a entrevista ao Fantástico de domingo que continua até agora repercutindo no noticiário da Globo.
Venina apenas repetiu o que já dissera ao jornal Valor Econômico, ou seja, que dera conhecimento a seus superiores, Foster incluída, dos desmandos que ocorriam na empresa. Simples assim. Na entrevista que concedeu ontem ao Jornal Nacional para responder a Venina, a presidente da Petrobras perdeu a oportunidade de convencer tanto quanto a ex-subordinada.
Como justificar que não determinou a apuração das irregularidades apontadas por Venina por que a ex-gerente não mencionou a palavra corrupção em seus relatos? Será que a senhora Foster precisava que Venina fosse em cartório protocolar as denúncias?
Pior do que a reação da presidente da Petrobras foi a coletiva que a presidente da República deu ontem para defendê-la e afirmar que trata-se de figura ética. Ora, ora, o que se discute é se Foster prevaricou ou não, ou seja, deixou de tomar as providências que seu cargo exigia.
Por enquanto, Venina ganha de goleada. Tem emails comprovando que documentou como pode, na condição de subordinada, o que ocorria de errado na empresa. E teve a coragem de vir a público denunciá-los, sob o risco de também, em alguma medida, incriminar-se, além de agora ter contra si o governo brasileiro.
É evidente que a direção da Petrobras, que começou a tropeçar com as descobertas do petrolão, esfacelou-se depois das denúncias de Venina. O problema é que a presidente Dilma, com a síndrome do voluntarismo que a acompanha, insiste em deixar tudo como está e ainda argumenta que a companhia vai bem. Como assim?
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