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domingo, 21 de dezembro de 2014

Bancos travam dinheiro bloqueado na Operação Lava Jato


do BOL, em São Paulo/Reprodução e Samantha Lima/Folhapress
Doleiro Alberto Youssef e ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa são suspeitos de participar de escândalo da estatal

De acordo com documentos obtidos pela Folha de S.Paulo, os bancos privados vêm dificultando a transferência para contas judiciais os valores milionários bloqueados na Operação Lava Jato, investigação da Polícia Federal que teve início em março deste ano e que tem como objetivo apurar um esquema de lavagem de dinheiro. 

Sérgio Moro, juiz do caso, implantou a medida para que os investigados não usufruam do "produto de suas atividades criminosas". Esse bloqueio atinge doleiros, lobistas, executivos de construtoras, ex-dirigentes da Petrobras, entre outros.

Para a Polícia Federal, o grupo do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (ambos presos) é suspeito de movimentar cerca de R$ 10 bilhões. Boa parte dessa quantia foi desviada de obras de uma das principais estatais do país com suspeita de fraude e aplicada em bancos.

Para Moro, o fato de o dinheiro sujo ter sido misturado com recursos de origem lícita é irrelevante, pois foi considerado os valores milionários dos supostos crimes. O magistrado decretou o bloqueio de contas de todos os investigados até o montante de R$ 20 milhões para cada um.

Com o bloqueio, os recursos devem ser transferidos para contas judiciais, na Caixa Econômica Federal. No entanto, sob o argumento de que o dinheiro está em aplicações de longo prazo, os bancos vêm solicitando ao juiz que espere o vencimento dos títulos, para evitar grandes descontos na venda dos papéis.

Vale ressaltar que recursos mantidos em CDB (Certificado de Depósito Bancário) e em fundos de investimento geram comissões para os bancos, como taxas de administração.

De acordo com a Folha, as instituições financeiras temem causar impacto na rentabilidade desses fundos (pois os valores envolvidos são altos) e afetar clientes que não tem nada a ver com os escândalos envolvendo a Petrobras. (Com informações da Folha de S.Paulo)

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