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terça-feira, 10 de junho de 2014

Sem-teto anunciam acordo com governo federal e afirmam que não haverá protestos em SP na Copa

REDAÇÃO ÉPOCA, COM ESTADÃO CONTEÚDO
O líder Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, anunciou na tarde desta segunda-feira (9), no centro da capital paulista, que não haverá manifestações em São Paulo durante a Copa do Mundo. O fim da jornada de protestou ocorre, segundo Boulos, por um acordo com o governo federal, que se comprometeu a construir 2 mil moradias populares na ocupação Copa do Povo, na zona leste da cidade. Quando falava com os jornalistas, ele recebeu uma ligação de um interlocutor do ministro da Casa Civil, Gilberto Carvalho, e afirmou que houve atendimento de três pontos principais reivindicados pelo MTST.

Não serão necessárias desapropriações na área onde será construídas as habitações porque a construtora Viver será contratada pelo governo para fazer as habitações. Além disso, o governo vai formar uma comissão nacional de combate aos despejos forçados.

O programa federal Minha Casa Minha Vida será modificado. Hoje as entidades de movimentos por moradia podem construir mil unidades de forma simultânea. Com a mudança, poderão ser construídas 4 mil unidades simultaneamente. Dessa forma, das 800 mil unidades do programa previstas, as entidades poderão construir 80 mil.

Plano Diretor
Segundo Boulos, não haverá manifestações contra a Copa. "Haverá, sim, manifestações pela votação do Plano Diretor na Câmara", disse. Boulos ainda disse que "o Plano Diretor não é só uma proposta para transformar a Copa do Povo em moradia popular, é um projeto bom para toda cidade e de interesse da população". "Não podemos deixar que interesses escusos do mercado imobiliário ditem o ritmo de trabalho dos vereadores."

Sob pressão do MTST e da própria gestão Fernando Haddad (PT), a presidência da Câmara Municipal marcou sessão para esta terça-feira (10), às 11 horas, na tentativa de acelerar a segunda votação do Plano Diretor. Nesta segunda à noite, líderes dos movimentos de moradia vão se reunir com vereadores para pressionar por uma data final do plano.

Líderes da base governista e da oposição dizem ser impossível votar o Plano Diretor antes do dia 17. "As emendas do governo chegaram hoje (segunda-feira), elas ainda precisam ser publicadas no Diário Oficial e ouvidas em audiência pública. Para esta semana é certo que não vai dar", afirmou o vereador Milton Leite (DEM), uma das principais lideranças da Casa.

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