Um casal de São Paulo conseguiu salvar a filha, de 7 anos, diagnosticada com uma doença chamada talassemia major, caracterizada por dores de ouvido e febres constantes.
A única cura para Maria Vitória era um transplante de medula óssea.
Sem nenhum irmão e com os pais portadores de uma forma mais branda da doença, não havia parentes próximos compatíveis para realizar a doação.
A família decidiu ter então um outro bebê, para doar sua medula óssea e salvar a Maria Vitória, ainda doentinha na foto abaixo.
A biomédica Jênyce Carla Reginato da Cunha, 37 anos, e seu marido, o advogado Eduardo Matias da Cunha, 38 anos, procuraram um geneticista para que ele produzisse um embrião 100% compatível e sem talassemia.
“Após uma fertilização veio a Maria Clara, hoje com 2 anos, bebê geneticamente selecionada. Ela não apenas é irmã de Maria Vitória, mas é alguém que lhe trouxe a cura completa. Sempre me considerei mais racional, enquanto que meu marido sempre foi mais emotivo, também por ter perdido os pais aos 12 anos. Nossa filha é um presente maravilhoso para ele”, emociona-se Jênyce.
Ao completar um ano de idade, Maria Clara doou à irmã de 5 ml a 10 ml de sangue do cordão umbilical e sua medula óssea, por meio de uma transfusão.
Após sete dias de quimioterapia e outros 32 internada, Maria Vitória recebeu a cura tão aguardada, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, sob a coordenação do Dr. Vanderson Rocha, 45 anos, brasileiro residente na Inglaterra.
Artista
Para a Dra. Lilian Maria Cristofani, 53 anos, oncohematologista pediátrica do Hospital Sírio Libanês e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e integrante da equipe de Rocha, a família tem papel fundamental nessa hora, pois os pais dão suporte à criança.
“Mas é preciso paciência e confiança na vida, no tratamento e nos médicos.”
“Eu me sinto normal hoje e, quando crescer, quero ser artista”, confessa a pequena Maria Vitória. Jênyce sempre agradece o tratamento dos médicos, elogia o comportamento da filha durante o transplante e auxilia, por meio de seu Facebook, outras famílias em situação semelhante.
“Eu espero que, com essa história, minhas filhas agradeçam a todos que colaboraram na cura da Maria Vitória, a nós, os pais, e que possam ajudar os outros a acharem uma luz no fim do túnel.” Com informações do Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário