Fama do Claudine vem desde a Copa da Espanha, em 1982. Já o estudante Otávio resolveu assistir ao último jogo do Brasil sozinho, para não dar azar.
Copa do Mundo que se preze não pode faltar a figura do velho e bom pé frio. E nesse quesito o roqueiro Mick Jagger já pode levantar a taça. A fama de pé frio vem da Copa de 2010.
Agora, em 2014, o vocalista dos Rolling Stones se superou. Foi às redes sociais desejar boa sorte para a Inglaterra no primeiro jogo. E no jogo seguinte, lá veio o velho Mick novamente. Inglaterra acabou desclassificada. Ele não parou por aí. A próxima vítima seria a seleção da Itália.
"A Itália vai conquistar a Copa do Mundo, viu?", disse o músico na ocasião.
Três dias depois, arrivederci, Itália. Quer um consolo Mick Jagger? Você não está sozinho. Achamos em Sorocaba, no interior de São Paulo, o Claudine.
“Dá meias de lã pra ele no Natal mas não adianta, o pé é frio mesmo”, diz um amigo de Claudine.
Desde 82, ele foi a quase todas as Copas do Mundo: nunca viu o Brasil ganhar. Nas duas únicas que não foi, Estados Unidos e Japão, o Brasil levou.
Fantástico: Você estava lá?
Claudine Alves Pereira: Não estava. Não tinha grana!
Tem também o Otávio, lá de Santa Maria, Rio Grande do Sul. É um gremista fanático. Toda vez que vai ao estádio o time dele perde. Agora na Copa, os amigos não querem ver o jogo com ele nem na TV.
“Eu assisti com uns amigos contra o México, empate”, conta o estudante de jornalismo Otávio Weis.
Mas de onde vem a expressão pé-frio? O termo nasceu da temperatura dos pés dos cadáveres, dos fracos e dos desnutridos. São eles os grandes azarados deste mundo, os verdadeiros pés-frios.
Fantástico: Nós temos um termômetro.
Esposa de Claudine: Não tá nem subindo.
Fantástico: É o pé mais gelado que existe!
A fama do Claudine vem de longe: desde 82. A primeira Copa que ele foi, na Espanha, o Brasil perdeu.
Fantástico: Você estava lá e o Brasil dançou?
Claudine: Dançou.
Depois: 86, 90, 98, 2006 e 2010. Só derrota.
“A França castigou a gente na Copa do México, na Copa da França, na Alemanha. E eu é que sou o pé-frio!”, brinca Claudine.
Mas será que esse fenômeno tem explicação? A astrologia tenta explicar. Claudia analisou o mapa astral do Otavio, lá de Santa Maria.
“Ele tem o Saturno no ascendente. Ele tem exatamente o planeta que é da retração. Achar que as coisas podem não dar certo”, explica a astróloga Cláudia Lisboa.
Recorremos a um numerólogo. No mapa numérico do Claudine e do Otávio deu 11.
“Se eles não viverem esse número 11 corretamente, eles são pessoas pé-frias, pessoas azaradas”, diz o numerólogo Roberto Machado.
Parece que tem energia desequilibrada.
Amiga de Claudine: Passa a mão no patuá.
Claudine: Eu não sou místico.
Amiga de Claudine: Passa a mão! Não vai ganhar!
Mas, para garantir, é melhor que eles fiquem longe dos estádios.
“O genro dele confessou comigo que conseguiu os ingressos na internet, mas tendo em vista o bem do Brasil ele falou que não conseguiu pra ele”, conta Sidney Agostinelli, amigo do Claudine.
“Eu diria para vocês que não existe pé-frio. São o que a gente chama de armadilhas das coincidências”, diz o psicólogo Marcelo Benvenuti.
Coincidência ou não, os pés-frios preferiram não arriscar. O Otávio viu o jogo contra o Chile sozinho em casa.
“Não me importo de assistir sozinho se for para ganhar. O que importa é ser campeão!", conta Otávio.
Claudine assistiu com a família, mas bem longe do estádio. Teve até blusa para esquentar o pé. Até que deu certo. http://g1.globo.com/index.html
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