Pelé: "os jogadores não têm nada a ver com isso"
Pelé voltou a pedir "trégua" nesta terça-feira aos manifestantes que estão se voltando contra a seleção brasileira que disputará a Copa do Mundo, aproveitando para explicar que nunca pediu que fossem relevados os casos de corrupção e qualquer outro problema político ou social no país.
"Não entenderam da última vez, quando eu falei em entrevista para não misturarmos as coisas. O futebol sempre deu alegria para o Brasil, sempre promoveu o Brasil. A corrupção, os problemas na política, o que se excedeu nos preços dos estádios, isso não tem nada a ver com a seleção brasileira. Os jogadores não têm nada a ver com isso" disse o Rei do Futebol, com exclusividade, à Agência Efe.
Pelé ainda afastou qualquer possibilidade de pessimismo dos brasileiros quanto a realização do torneio e quanto ao desempenho da equipe comandada por Luiz Felipe Scolari.
"Com respeito à seleção brasileira e à Copa do Mundo, tenho certeza de que o povo brasileiro está muito confiante. Nós vamos, se Deus quiser, fazer um bom papel", avaliou o campeão mundial em 1958, 1962 e 1970.
O Atleta do Século admitiu que é complicado fazer prognósticos sobre seleções que irão longe na competição, mas admitiu que Espanha e Alemanha são as seleções que mais se destacaram na Europa nos últimos anos.
"Aqui na América, acho que o Chile pode ser uma surpresa, porque está muito bem organizado, mas tem que respeitar a Argentina", garantiu Pelé.
O tricampeão mundial, no entanto, admitiu que deseja ver a reedição da final da Copa do Mundo de 1950 neste ano, desta vez com o Brasil vencendo o Uruguai.
O ex-jogador ainda aproveitou para avaliar três candidatos a protagonista o torneio: o português Cristiano Ronaldo, o argentino Lionel Messi e o brasileiro Neymar.
"São jogadores diferentes. Cristiano Ronaldo é mais goleador, Messi tem 10 anos de futebol na Europa, e Neymar apenas um (ano)", disse.
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