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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Mulher condenada à morte por trair a fé ao Islã será libertada

Fotos: The Telegraph
A sudanesa cristã de 27 anos, condenada à morte por apostasia (trair, abandonar e negar a fé ao Islã) será libertada nos próximos dias, anunciou neste sábado fonte das Relações Exteriores.
Meriam Yahia Ibrahim Ishag foi condenada à morte em 15 de maio em virtude da lei islâmica vigente no Sudão desde 1983, que proíbe as conversões (trocar de religião), o que suscitou uma onda de indignação mundial. 
Explicação
Segundo a Anistia Internacional, Meriam Yahia Ibrahim Ishag foi criada no cristianismo ortodoxo, a religião de sua mãe, já que seu pai, que é muçulmano, esteve ausente durante sua infância. 
Posteriormente, a jovem se casou com um cristão do Sudão do Sul.
Segundo a interpretação sudanesa da sharia (lei islâmica), uma muçulmana não pode se casar com um não muçulmano.
Meriam Yahia Ibrahim Ishag (seu nome cristão) também foi condenada a cem chicotadas por "adultério".
Antes do veredicto, um chefe religioso muçulmano tentou convencê-la a voltar para o Islã, mas a mulher disse ao juiz: "Sou cristã e jamais cometi apostasia".
Terça-feira passada ela deu à luz uma menina na prisão.
"A mulher será libertada nos próximos dias, segundo os procedimentos legais que serão aplicados pelo poder judicial e o ministério da Justiça", declarou Abddullah Al Azraq, um subsecretário da chancelaria sudanesa, contatado por telefone em Londres pela AFP, sem dar maiores explicações.
Não se sabe se as acusações serão arquivadas.
O primeiro-ministro britânico David Cameron pediu ao governo sudanês que anulasse a pena de morte.
Em 19 de maio, o governo britânico convocou o encarregado de negócios sudanês, por causa dessa condenação. Com informações do MSN

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