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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Imunoterapia erradica câncer de colo de útero em 2 pacientes


Foto: AFP
Um novo tratamento, à base de imunoterapia, fez desaparecer o câncer que já tinha se espalhado pelo corpo de 2 mulheres, nos Estados Unidos. 
Aricca Wallace (foto acima) sofreu durante três anos com dores e sangramento irregular. Ela estava com câncer no colo do útero. 
A doença se espalhou para o peito e para o abdômen e os médicos deram 1 ano de vida a ela.
Mas em 2012 ela soube que seu médico estava fazendo testes com imunoterapia em pacientes encaminhados pelos Institutos Nacionais de Saúde a uma clínica nos arredores de Washington, nos Estados Unidos, e aceitou fazer o tratamento.
O tratamento
Aricca Wallace se submeteu a uma primeira semana de quimioterapia em doses fortes para desativar seu sistema imunológico. 
Em seguida, os cientistas fizeram nela uma infusão de 100 bilhões de suas próprias células T, cultivadas em laboratório com base naquelas retiradas do tumor.
Depois de duas doses de aldesleucina, um agente que ajuda a desenvolver as células imunológicas - mas pode causar importantes efeitos colaterais como hemorragias, vômitos, pressão baixa, febre e infecções - seus tumores diminuíram consideravelmente e desapareceram por completo em quatro meses.
22 meses depois de iniciado o tratamento, Aricca Wallace fez novos exames, que não mostraram rastro da doença.
"É um verdadeiro milagre", disse a mulher, hoje com 37 anos.
Ela foi a primeira pessoa diagnosticada com câncer de colo de útero para quem o novo tratamento funcionou.
Segunda vitória
Outra americana também viu desaparecer completamente seu câncer uterino metastático depois desse tratamento e, um ano depois, não tinha sinais da doença.
Elas são duas das novas pacientes que participaram do teste clínico. 
Uma terceira respondeu da mesma forma durante um curto período, mas o câncer reapareceu em seguida.
"Com apenas nove pacientes, não podemos dizer com certeza até que ponto este tratamento funciona", explica Christian Hinrichs (foto acima), do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos (NCI, em inglês).
"Tudo o que sabemos é que pode funcionar", continua o pesquisador, que apresentou o estudo nesta segunda-feira na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, em inglês), que acontece em Chicago.
Imunoterapia
A imunoterapia é um novo enfoque considerado promissor, que já deu mostras de ser eficiente especialmente contra o melanoma, o câncer de pele mais agressivo.
Segundo um estudo publicado no final de 2013, 40% das pessoas diagnosticadas com melanoma metastático que seguiram um tratamento de imunoterapia não apresentam sinais da doença sete anos depois.
No entanto, essa técnica ainda está longe de ser generalizada, e os pesquisadores ainda devem determinar porque funciona em alguns casos, e não em outros. 
O câncer de colo de útero afeta anualmente 530.000 mulheres em todo o mundo e causa a morte de mais de 270.000, a maioria em países em desenvolvimento, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Com informações do Terra e AFP.

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