Gustavo Franceschini e Paulo Passos/Do UOL, em Goiânia/Pedro Ladeira/Folhapress
Joaquim Barbosa confirmou que irá se aposentar e deixar o STF em junho
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) tentou levar o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, para o jogo amistoso desta terça-feira contra o Panamá, em Goiânia. O convite foi feito pelo presidente da entidade, José Maria Marin, que queria o ministro na tribuna de honra do estádio Serra Dourada.
A assessoria do ministro confirmou o convite, mas informou que ele não irá ao jogo, pois estará trabalhando em Brasília. A partida começas às 16h (horário de Brasília) e terá acompanhamento em Tempo Real pelo Placar UOL Esporte.
Fã de futebol, Joaquim Barbosa esteve no amistoso da seleção brasileira com a Inglaterra, em junho de 2013, no Maracanã. O presidente estava num dos camarotes do estádio com o apresentado da Globo Luciano Huck.
Se tivesse aceito o convite de Marin, o jogo do Brasil seria a primeira aparição pública de Barbosa após anunciar a sua aposentadoria do STF. Na semana passada, ele informou que deixará a Corte até o final deste mês. Sobre os seus planos futuros, o ministro disse que pretende assistir aos jogos da Copa e descansar.
À frente da presidência da Suprema Corte desde novembro de 2012, Barbosa, primeiro negro a ocupar o cargo de presidente do STF, chegou ao tribunal em 2003, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele defendeu, entre temas polêmicos, o aborto para fetos anencéfalos e remarcação de terras indígenas.
A posse dele como presidente coincidiu com o momento em que o ministro estava em evidência na mídia por causa do julgamento do mensalão, do qual era relator. O julgamento, que resultou na condenação de figurões petistas elevou Barbosa à categoria de celebridade nacional a ponto de haver uma campanha nas redes sociais para que saísse candidato à Presidência da República em 2014.
Sem Barbosa na tribuna de honra, Marin estará ao lado de Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás e aliado da CBF desde a era Ricardo Teixeira, e do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT).
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