O jogo, então, serviu exatamente para o que Felipão desejava: provar para o comandante que sua seleção está evoluindo e que estará pronta para a estreia na Copa, contra a Croácia, em 12 de junho. E se os comandados de Scolari seguirem o ritmo desejado pelo treinador, o amistoso da próxima sexta, contra a Sérvia, será ainda melhor.
Se a defesa ia nessa toada, o ataque foi no ritmo de Neymar. Arranque pelo meio de campo. Finta no zagueiro. Toque no tornozelo. Falta. Felipão cantou a bola segunda-feira: "Falta perto da área é do Neymar". Gol. Brasil 1 a 0 com 26 minutos de jogo.
Era o que o time precisava para se acalmar. Os erros de passe e bobeiras do começo do jogo - Oscar chegou a deixar uma bola simples sair pela lateral, livre - sumiram. A pressão começou. E a goleada surgiu.
Depois, velocidade: em 45 segundos da segunda etapa, Neymar já tocava de calcanhar para Hulk. Também de três dedos, fundo da rede. Neymar ainda participou do 4° gol, achando Maxwell por trás de três zagueiros. O lateral-esquerdo só rolou para Willian, que havia acabo de entrar, marcar o quarto, aos 27 min.
Foi o último gol, mas não o fim da pressão. Maicon, Willian e Maxwell mostraram bom futebol ao entrar na segunda etapa. Jô, Hernanes e Henrique também ganharam oportunidades. No gol, Júlio César fez apenas uma boa defesa, após escorregar em cabeçada, mas se recuperar.
Nem todos os pedidos de Felipão foram atendidos, apesar do esforço do Brasil. Os volantes não repetiram a mesma chegada da zaga, e o meio de campo foi mais de Neymar do que de Oscar. Comparando com os amistosos de outras seleções favoritas, porém, Felipão não pode reclamar. *Colaborou Felipe Noronha, em São Paulo
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