O Globo
“Não pedem para eu ler muito aqui, não. Mas também não faço tanta questão assim. Acho meio chato”. Assim, Adriel Ferreira, 11 anos, aluno do 5º ano de uma escola municipal de Belford Roxo (RJ), um menino como milhões de outros país afora, resume espontaneamente o desinteresse pela leitura, reforçado por um dado preocupante, mas nada surpreendente: a escola dele integra o gigantesco grupo de 65% de unidades de ensino, públicas e privadas, sem bibliotecas no Brasil. Os números, presentes no Censo Escolar 2013 e compilados pelo portal Qedu, mostram que, desde 2010, quando entrou em vigor a lei 12.244 — que obriga todos os gestores a providenciar, até 2020, espaços estruturados de leitura em seus colégios —, a situação praticamente não evoluiu. Naquele ano, só 33,1% das escolas tinham bibliotecas; em 2013, eram 35%.
— Uma vez até fui mexer ali na sala de leitura (repleta de caixas de papelão e sacos plásticos), mas o pessoal da escola falou que não era para tocar em nada. Disseram que era para os professores — lembra Adriel.…Leia na íntegra
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