Hélène Pastor - assassinato de bilionária abala Mônaco (Foto: reprodução)
Mal teve tempo de comemorar o fracasso retumbante do filme Grace de Mônaco, ao qual se opôs veementemente no Festival de Cannes, o príncipe Albert II anda às voltas com – mais um – escândalo envolvendo máfia, bilhões e assassinato em seu principado.
No último dia 6, a bilionária Hélène Pastor, herdeira do maior império imobiliário de Mônaco, estimado em R$ 60 bilhões, sofreu um atentado quando saía de um hospital em Nice, onde visitava seu filho. Um homem disparou tiros contra seu carro, ferindo fatalmente Hélène e o motorista. Ela morreu na semana passada e o funcionário, no dia 10.
Ao longo do século XX, os Pastor ergueram um império que hoje conta com cerca de 500 mil metros quadrados em imóveis no litoral do principado, a área mais valorizada do mundo. O pai de Hélène, Gildo Pastor, deixou essa imensa fortuna para os três filhos, que mal se falavam e construíram, cada um, suas próprias imobiliárias para gerir o patrimônio. Eles seguiram a tradição familiar de, em vez de se desfazerem dos imóveis, alugá-los a preços exorbitantes.
Hélène era a filha mais discreta, com uma vida longe dos flashes e do glamour da família principesca, sócia do Pastor em vários empreendimentos. Em comunicado oficial, Albert II se disse “consternado” com a morte da bilionária. A polícia francesa trabalha com a hipótese de envolvimento das máfias russa e italiana no assassinato, que estariam interessadas no valioso mercado imobiliário monegasco, praticamente monopólio dos Pastor. Mas a forma como o crime foi cometido, com um fusil de caça e em condições amadoras, é tida como incomum na prática mafiosa. Um homem foi detido, suspeito de chantagear a família.
Paraíso de celebridades e reduto de milionários que buscam vantagens fiscais, Mônaco é mais uma vez abalada por um escândalo envolvendo mortes de bilionários. A mais famosa foi a do banqueiro brasileiro Edmond Safra, em 1999, em circunstâncias misteriosas. O clima para o Grande Prêmio de Fórmula 1 não podia estar pior. http://epoca.globo.com
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