O artigo a seguir foi public ado no site Diário do Poder, Claudio Humberto.
O título de Patrono da Censura deveu-se ao Papa Sisto IV, aquele que mandou construir a Capela Sistina, depois magistralmente pintada por Michelangelo. Ele também criou o Index Librorum Proibitorum, junto com a Congregação do Index, em 1571. A crônica das contradições revela ter sido por conta da invenção da imprensa, por Guttemberg, que a Igreja impôs as restrições à liberdade de expressão durante os séculos seguintes. Explica-se: até então os livros tinham que ser copiados a mão, coisa penosa que se fazia não apenas nos mosteiros, mas na casa de qualquer um, às escondidas. Com o aparecimento dos tipos móveis, multiplicaram-se as impressões, que precisavam ser feitas em locais específicos, as tipografias. Ficou fácil para a Igreja vigiar e fiscalizar aqueles estabelecimentos, com endereço certo e responsáveis específicos.
Deduz-se que o advento da imprensa, ironicamente, facilitou a censura. A moda pegou, não apenas a Igreja liderou o massacre à liberdade de expressão, pois governos e partidos de toda ordem também fiscalizavam e vigiavam o que se imprimia. Custou para a Humanidade livrar-se das restrições à livre manifestação do pensamento, em especial porque até hoje não se livrou por completo. A Igreja saiu de cena, por questão até de sobrevivência, mas basta viajar pelo mundo para verificar a existência da censura praticada por outras religiões, governos e partidos.
Por que se denuncia esse absurdo, em pleno século XXI? Porque o PT prepara-se para ressuscitar Sisto IV, e não será para construir capelas. A intenção dos companheiros, ainda que nem todos, é de reapresentar no Congresso o projeto de controle da mídia. Sob o pretexto de evitar abusos, que aliás continuam acontecendo, o partido convenceu a presidente Dilma a não se opor mais à tentativa de aprovação de uma lei capaz de restringir a divulgação de notícias e de opiniões contrárias a seus interesses e seus desígnios. CLIQUE AQUI para ler mais.
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